quinta-feira, 12 de julho de 2012


ARTIGO PUBLICADO NOS ESTADOS UNIDOS E REPRODUZIDO NO BRASIL
Mozar Costa de Oliveira — bacharel em filosofia (Universidad Comillas de Madrid), mestre e doutor em direito (USP), professor aposentado de direito (Universidade Católica de Santos, São Paulo).
Introdução à publicação.
O jornal paulista “Folha de São Paulo” transcreveu do “New York Times” o artigo que abaixo segue
Acabamos de indicar o link original. Passamos agora a copiar novamente o artigo, mas, com algumas inserções nossas. Os negritos salientam os trechos a nós havidos como mais significativos para os leitores. Os links pareceram-nos bons elementos esclarecedores como, por exemplo, o que seja o “New York Times”, ou como está no jornal paulista, ou quem autor da matéria, ou quem é um que outro personagem mencionado pelo mesmo autor, ou qual é o “site” mencionado no texto. Assim por diante. Lançamos mão dos símbolos [  ] para iniciar e terminar as menções da maioria dos “hipertextos” (http:).
Demo-nos a esta tarefa, em si tão simples, primeiro por o conteúdo nos ter afigurado como sinal de ainda ser possível o otimismo não ingênuo. Em segundo lugar por algumas atitudes nos haverem parecido originais e corajosas nos dias de hoje, sobretudo pelo fato de serem posturas tomadas por frágeis mulheres (quiçá mulheres fortes na sua interioridade). Neste último caso defrontam-se elas com empresas financeiras e econômicas notoriamente poderosas, multinacionais com a sua representação principal alocada no maior país capitalista do mundo atual.
Decerto a uma parte dos leitores isso não passa de uma pequena curiosidade, mas, para outros é possível que cause uma prazerosa estupefação.
Aí lhes vem, pois, o dito artigo.
Santos, 10 de julho de 2012.

São Paulo, segunda-feira, 09 de julho de 2012

Novas formas de mudar o mundo
*Autor da matéria: Kevin Delaney >>>: [http://www.temple.edu/sociology/delaney/index.htm]
*Texto em português, publicado pela Folha de São Paulo >>>

Para sorte do mundo, existem autênticos gênios buscando a paz global, a cura do câncer e a energia limpa ilimitada. Mas pessoas comuns também podem mudar o mundo: pergunte à multidão que, brandindo seus celulares, revirou o mundo árabe de ponta-cabeça.
A boa notícia é que alguns métodos para consertar o mundo não incluem levar cacetadas da polícia na cabeça. Em alguns casos, nem é preciso abandonar o conforto da sua cadeira.
Jane McGonigal
[//en.wikipedia.org/wiki/Jane_McGoniga] acredita que jogadores compulsivos possam ser uma força para a transformação e a solução de problemas reais. Numa palestra em 2010 para o site TED, ela estimou que os seres humanos passem 3 bilhões de horas por semana jogando na internet, celulares ou videogames. “Se quisermos resolver problemas como fome, pobreza, mudança climática, conflito global e obesidade”, argumentou ela, esse número deveria crescer para 21 bilhões.
“O que os jogos fazem com sucesso é ajudar você a aproveitar certos traços dos jogadores, como otimismo, perseverança e aprender com o fracasso, que são realmente úteis de ter ao lidar com um desafio difícil”, afirmou ela ao “Times”.
No ano passado, o trabalho coletivo dos jogadores resolveu em 15 dias um problema que intrigou os cientistas por 15 anos. Num site chamado Foldit [http://fold.it/portal/info/science/], os participantes mapearam  uma enzima relacionada ao HIV, seguindo um processo análogo a um jogo, desenvolvido pelo cientista da computação Zoran Popovic. http://www.cs.washington.edu/homes/zoran/
Não jogadores podem optar por aplicar dinheiro nos seus ideais. O “Times” noticiou a criação de títulos financeiros de impacto social. Em Peterborough, na Inglaterra, um grupo chamado Social.
Finance [http://en.wikipedia.org/wiki/Finance] obteve cerca de US$ 8 milhões de investidores para combater a reincidência entre prisioneiros libertados. Se em dois anos as taxas de reincidência caírem, o governo britânico ressarcirá o valor aos investidores, com juros (quanto menor for a taxa de reincidência, maior o lucro dos investidores).
Outros países, incluindo EUA, Austrália, Canadá e Israel, também estão explorando esse tipo de papel.
Se ficar na poltrona jogando ou assinar cheques ainda for atividade física demais, sempre haverá os bons pensamentos. James Atlas escreveu no “Times” que um retiro budista do qual ele participou em Vermont tratava do tema de como os nossos pensamentos podem criar muitos dos maiores problemas da humanidade. [http://www.nytimes.com/2012/06/17/opinion/sunday/buddhists-delight.html?pagewanted=all]
 “O que está afetando o mundo é o estado não saudável da mente”, destacou um professor, citando uma ladainha de graves problemas decorrentes das atitudes humanas: “Violência, horror, preconceito, catástrofe ecológica, toda a gama de dores humanas”. Quanto mais mentes forem acalmadas pela meditação, argumentam os budistas, mais pacífico ficará o planeta.
 Outros guerreiros espirituais preferem bater perna por aí. A freira franciscana Nora Nash,
http://www.google.com.br/search?q=%22Nora+Nash%22+%22Filad%C3%A9lfia%22&hl=en&sourceid=gd&rlz=1Q1GGLD_pt-BRBR490BR491#q=%22Nora+Nash%22+%22Filad%C3%A9lfia%22&hl=en&rlz=1Q1GGLD_pt-BRBR490BR491&prmd=imvnso&filter=0&bav=on.2,or.r_gc.r_pw.r_qf.,cf.osb&fp=99f45f55c30c0713&biw=910&bih=439] da Filadélfia, lidera suas colegas e questiona as práticas morais de empresas como [1) Goldman Sachs, [2) McDonald’s e [3)] Wells Fargo, informou o “Times”. Usando suas pensões e aposentadorias, elas compram ações em volume suficiente para apresentar resoluções em assembleias de acionistas. Elas também pressionam para se reunir com executivos e, se necessário, recorrem ao tradicional escracho público.
[3)] Wells Fargo
 “Não estamos aqui para derrubar as corporações”, disse a irmã Nora ao “Times”. “Estamos aqui para melhorar seu senso de responsabilidade.” E talvez, discretamente, mudar o mundo.