ARTIGO PUBLICADO NOS ESTADOS
UNIDOS E REPRODUZIDO NO BRASIL
Mozar Costa de Oliveira — bacharel em filosofia (Universidad Comillas de
Madrid), mestre e doutor em direito (USP), professor aposentado de direito
(Universidade Católica de Santos, São Paulo).
Introdução à publicação.
O jornal paulista “Folha de São Paulo” transcreveu do “New York Times” o
artigo que abaixo segue
Acabamos de indicar o link
original. Passamos agora a copiar novamente o artigo, mas, com algumas
inserções nossas. Os negritos salientam
os trechos a nós havidos como mais significativos para os leitores. Os links pareceram-nos bons elementos esclarecedores como,
por exemplo, o que seja o “New York Times”, ou como está no jornal paulista, ou
quem autor da matéria, ou quem é um que outro personagem
mencionado pelo mesmo autor, ou qual é o “site” mencionado no texto. Assim por
diante. Lançamos mão dos símbolos [ ]
para iniciar e terminar as menções da maioria dos “hipertextos” (http:).
Demo-nos a esta tarefa, em si tão simples, primeiro
por o conteúdo nos ter afigurado como sinal de ainda ser possível o otimismo
não ingênuo. Em segundo lugar por algumas atitudes nos haverem parecido
originais e corajosas nos dias de hoje, sobretudo pelo fato de serem posturas
tomadas por frágeis mulheres (quiçá mulheres fortes na sua interioridade).
Neste último caso defrontam-se elas com empresas financeiras e econômicas
notoriamente poderosas, multinacionais com a sua representação principal
alocada no maior país capitalista do mundo atual.
Decerto a uma parte dos leitores isso não passa de uma
pequena curiosidade, mas, para outros é possível que cause uma prazerosa estupefação.
Aí lhes vem, pois, o dito artigo.
Santos, 10 de julho de 2012.
São Paulo, segunda-feira, 09 de julho de 2012
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Novas formas de mudar o mundo
*No original, ler a 2ª
parte de >>>: http://imcmsimages.mediacorp.sg/CMSFileserver/documents/006/PDF/20120707/0707NYP057.pdf
*Texto em português, publicado pela Folha de
São Paulo >>>
Para sorte do mundo, existem autênticos gênios buscando a paz global, a cura do câncer e a
energia limpa ilimitada. Mas pessoas
comuns também podem mudar o mundo: pergunte à multidão que, brandindo seus
celulares, revirou o mundo árabe de ponta-cabeça.
A boa notícia é que alguns métodos para
consertar o mundo não incluem levar cacetadas da polícia na cabeça. Em alguns
casos, nem é preciso abandonar o conforto da sua cadeira.
[//en.wikipedia.org/wiki/Jane_McGoniga]
acredita que jogadores compulsivos
possam ser uma força para a transformação e a solução de problemas reais. Numa
palestra em 2010 para o site TED, ela estimou que os seres humanos passem 3 bilhões de horas por semana jogando na
internet, celulares ou videogames. “Se quisermos resolver problemas como fome, pobreza, mudança climática, conflito
global e obesidade”, argumentou ela, esse número deveria crescer para 21
bilhões.
“O que os jogos fazem com sucesso é ajudar
você a aproveitar certos traços dos
jogadores, como otimismo, perseverança e aprender com o fracasso, que são
realmente úteis de ter ao lidar com um desafio difícil”, afirmou ela ao
“Times”.
No ano passado, o trabalho coletivo dos jogadores resolveu em 15 dias um problema que
intrigou os cientistas por 15 anos. Num site chamado Foldit [http://fold.it/portal/info/science/], os participantes mapearam uma enzima
relacionada ao HIV, seguindo um processo análogo a um jogo, desenvolvido pelo
cientista da computação Zoran Popovic.
http://www.cs.washington.edu/homes/zoran/
Não jogadores podem optar por aplicar
dinheiro nos seus ideais. O “Times”
noticiou a criação de títulos financeiros de impacto social. Em
Peterborough, na Inglaterra, um grupo
chamado Social.
Finance [http://en.wikipedia.org/wiki/Finance] obteve
cerca de US$ 8 milhões de investidores para combater a reincidência entre
prisioneiros libertados. Se em dois anos as taxas de reincidência caírem, o
governo britânico ressarcirá o valor aos investidores, com juros (quanto menor
for a taxa de reincidência, maior o lucro dos investidores).
Outros
países, incluindo EUA,
Austrália, Canadá e Israel, também estão
explorando esse tipo de papel.
Se ficar na poltrona jogando ou assinar
cheques ainda for atividade física demais, sempre haverá os bons pensamentos. James Atlas escreveu no “Times” que um retiro budista do qual ele participou em
Vermont tratava do tema de como os
nossos pensamentos podem criar muitos dos maiores problemas da humanidade. [http://www.nytimes.com/2012/06/17/opinion/sunday/buddhists-delight.html?pagewanted=all]
“O que está afetando o mundo é o estado não
saudável da mente”, destacou um professor, citando uma ladainha de graves
problemas decorrentes das atitudes humanas: “Violência, horror, preconceito,
catástrofe ecológica, toda a gama de
dores humanas”. Quanto mais mentes forem acalmadas pela meditação,
argumentam os budistas, mais pacífico ficará o planeta.
Outros guerreiros espirituais preferem
bater perna por aí. A freira franciscana
Nora Nash,
http://www.google.com.br/search?q=%22Nora+Nash%22+%22Filad%C3%A9lfia%22&hl=en&sourceid=gd&rlz=1Q1GGLD_pt-BRBR490BR491#q=%22Nora+Nash%22+%22Filad%C3%A9lfia%22&hl=en&rlz=1Q1GGLD_pt-BRBR490BR491&prmd=imvnso&filter=0&bav=on.2,or.r_gc.r_pw.r_qf.,cf.osb&fp=99f45f55c30c0713&biw=910&bih=439]
da Filadélfia, lidera suas colegas e
questiona as práticas morais de empresas como [1) Goldman Sachs, [2) McDonald’s
e [3)] Wells Fargo, informou o
“Times”. Usando suas pensões e
aposentadorias, elas compram ações em volume suficiente para apresentar
resoluções em assembleias de acionistas. Elas também pressionam para se
reunir com executivos e, se necessário, recorrem ao tradicional escracho
público.
[2) McDonald’s
[http://en.wikipedia.org/wiki/McDonald's];
[3)] Wells Fargo
“Não estamos aqui para
derrubar as corporações”,
disse a irmã Nora ao “Times”. “Estamos
aqui para melhorar seu senso de responsabilidade.” E talvez, discretamente,
mudar o mundo.